F.Vinhos 1-Pataiense 1
DESPORTIVA: Telmo; Beto, Renato, Zé Napoleão (“Capitão”), Bruno Catrau, Tó Alves, João Pais, Camisas, Matine, Futre e Ferraz.
Substituições: Bruno Catrau por Joel (por lesão, aos 43’); Futre por Paulo César (68’).
Suplentes não utilizados: Eduardo; Ângelo, R. Pires Russo e Paulo Nunes.
PATAIENSE: Emanuel; Pedro Rosa, Telmo, Leandro. João Costa, Bertolino, Pedro Jorge, Nelinho, Nascimento, Dário e Kiko.
Substituições: Dário por França (78’), Pedro Jorge por João Orfão (82’).
Suplentes não utilizados: Celso I; CelsoII, Gonçalo, Pica Milho.
ÁRBITRO: João Mendes, auxiliado por Pedro Neves e Marco Silva.
Foi um jogo... estranho, em que a figura principal foi o árbitro João Mendes.Que dizer de um jogo disputado com grande correcção e que terminou com 5 (!) expulsões - 3 para a equipa da casa - e 11 cartões amarelos - 5 para a equipa da casa - que deixam antever uma batalha campal!?Reduzidos a 10 unidades (expulsão de Tó Alves) desde o minuto 24, os pupilos de João Almeida mostraram grande brio e nunca baixaram os braços, nem mesmo a partir do minuto 44, quando ficaram reduzidos a 9 unidades, desta feita por expulsão do “capitão” Zé Napoleão. Curiosamente, a jogar com menos duas unidades, os figueiroenses - embora tenham dado o domínio de jogo aos visitantes - foram a equipa que mais rematou, não estranhando o golo à passagem do minuto 47, um “golão à Futre” - marcado por Futre, claro.O Pataiense, embora a perder, manteve sempre a serenidade e um futebol apoiado suportado por excelentes praticantes.Nesta fase do jogo, Telmo era um gigante entre os postes; Matine, cotava-se com excelente exibição a meio-campo, destruindo os ataques adversários e lançando perigosos contra-ataques e Ferraz era um perigo constante para a defesa adversária, ainda que desacompanhado.Os figueiroenses dispuseram de várias oportunidades para ampliar a vitória mas, ou por falta de discernimento, por falta de sorte, por mérito dos defesas adversários ou por decisões duvidosas da equipa de arbitragem, o que é certo é que acabaram por ser os visitantes a empatarem já em tempo de descontos, na transformação de uma grande penalidade que o Árbitro Principal, embora muito mais longe que o Árbitro Auxiliar, não teve dúvidas em assinalar. O toque do defesa figueiroense existe, é um facto... O golo do Pataiense foi apontado por Nelinho (na foto)Empate que se aceita, principalmente pelo futebol apoiado apresentado pelos visitantes que resistiram até ao fim à tentação do futebol directo, em busca da igualdade.Necessariamente, temos que voltar a falar do árbitro: foi mau de mais para ser verdade. E, dizemo-lo com muita mágoa, pois João Mendes é, quanto a nós, dos melhores - para não dizer o melhor - árbitro que tem passado pelo Distrital de Leiria nos últimos anos.Sempre longe dos lances, aparentemente desinteressado, João Mendes foi arrogante com os jogadores da equipa da casa, tratou os jogadores do Pataiense pelos nomes próprios e teve uma dualidade de critérios gritante. Os cinco vermelhos não espelham minimamente o que se passou em campo, sendo fruto de excessos de zelo que prejudicaram o espectáculo e - muito - a equipa da casa que vê mais 3 jogadores (Tó Alves, Zé Napoleão e João Pais) impedidos de darem o contributo á equipa no próximo jogo, juntando-se, assim, aos lesionados Rafael, Bruno, Bruno Catrau, Tendinha e Toni, ainda que os últimos três sejam recuperáveis até lá.Irreconhecível, este árbitro que até já ascendeu aos quadros do Nacional... e, quanto a nós, justamente. Por isso, queremos acreditar que apenas se tratou de um dia mau!
Carlos Santos (Jornal AComarca)